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O Sangue do Olimpo - CAP. XL

.. segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Capítulo XL - Reyna

NÃO HAVIA TEMPO PARA COMEMORAR a vitória sobre Órion.
O focinho de Blackjack espumava. Suas pernas agitavam-se em espasmos. Do ferimento em seu flanco escorria sangue.
Reyna recorreu à bolsa de suprimentos que ganhara de Phoebe. Primeiro usou um unguento curativo para limpar o ferimento e depois derramou poção de unicórnio sobre a lâmina do canivete de prata.
— Por favor, por favor — murmurava ela para si mesma.
Na verdade, Reyna não tinha ideia do que estava fazendo, mas limpou a ferida da melhor maneira possível e segurou firme o cabo da flecha. Se a ponta fosse farpada e ela a arrancasse, acabaria machucando Blackjack ainda mais. Mas, se estivesse envenenada, não podia deixá-la ali. A garota também não podia empurrá-la para fazê-la sair do outro lado, pois estava cravada bem no meio do corpo do cavalo. Reyna teria que optar pelo menor dos males.
— Isso vai doer, meu amigo — disse ela a Blackjack.
Ele bufou, como se quisesse dizer Conte uma novidade.
Usando a adaga, ela fez um talho de cada lado da ferida. E arrancou a flecha. Blackjack emitiu um grito agudo, mas a flecha saiu sem problemas. A ponta não era farpada. Podia estar envenenada, mas não tinha como ela saber. Um problema de cada vez.
Reyna passou um pouco mais de unguento sobre o ferimento e fez um curativo. Então pressionou o local por alguns segundos, contando baixinho. Ao que parecia, o sangramento estava diminuindo.
Ela então derramou poção de unicórnio na boca de Blackjack.
Reyna perdeu a noção do tempo. A pulsação do cavalo ficava cada vez mais estável e firme. Seus olhos já não revelavam dor. Sua respiração se acalmou.
Quando Reyna se levantou, tremia de medo e exaustão, mas Blackjack ainda estava vivo.
— Você vai ficar bem — prometeu ela. — Vou conseguir ajuda no Acampamento Meio-Sangue.
Blackjack fez um ruído incompreensível. Reyna podia jurar que ele tinha tentado dizer donuts. Ela só podia estar começando a delirar. Finalmente percebeu como o céu já havia clareado. A Atena Partenos brilhava ao sol. Guido e os outros cavalos alados batiam com os cascos no convés, impacientes.
— A batalha...
Reyna se virou na direção da praia, mas não viu nenhum sinal de combate. Uma trirreme grega balançava na água preguiçosamente na maré da manhã. As colinas exibiam um verde de aparente tranquilidade. Por um instante ela pensou que os romanos tivessem desistido de atacar.
Talvez Octavian tivesse caído em si. Talvez Nico e os outros tivessem dissuadido a legião.
Então um brilho laranja iluminou os cumes das colinas. Inúmeros rastros de fogo subiram aos céus. Pareciam dedos em chamas. Os onagros tinham disparado sua primeira carga.

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