Curta a página oficial do blogger para receber as notificações direto em seu Facebook, além de novidades que serão apenas postadas lá.

Procurando por algo?

0

A Casa de Hades - CAP. XXXVIII

.. sexta-feira, 14 de março de 2014
Capítulo XXXVIII - Annabeth

A PIOR PARTE?
O drakon com certeza era a coisa mais bonita que Annabeth vira desde que caíra no Tártaro. Suas escamas tinham manchas verdes e amarelas como o chão de uma floresta coberto de folhas salpicadas de luz do sol. Seus olhos reptilianos tinham o tom verde-mar favorito de Annabeth, como os de Percy. Quando as escamas em torno da cabeça se levantaram, ela não pôde deixar de pensar que aquele monstro prestes a matá-los tinha uma aparência nobre e maravilhosa.
Ele era praticamente do tamanho de um trem de metrô. Suas garras enormes afundavam na lama conforme avançava, agitando a cauda. O drakon sibilou e lançou jatos de veneno verde que fumegavam ao cair no repugnante chão lamacento e incendiavam poços de piche, o que deixou o ar com o aroma de pinho fresco e gengibre. O monstro até cheirava bem. Como a maioria dos drakons, não tinha asas, era mais longo e mais parecido com uma cobra do que com um dragão. E pelo visto, estava faminto.
— Bob — disse Annabeth — o que vamos ter que enfrentar?
— Um drakon maeônio — disse Bob — da Meônia.
Outra informação super útil. Annabeth teria acertado a cabeça de Bob com sua própria vassoura se conseguisse levantá-la.
— Há alguma forma de matá-lo?
— Nós? — disse Bob. — Não.
O drakon rugiu como se quisesse deixar isso bem claro e encheu o ar de mais veneno com cheiro de pinho e gengibre, o que teria sido um excelente perfume para aromatizadores de carros.
— Leve Percy para um lugar seguro — instruiu Annabeth — vou distraí-lo.
Não tinha ideia de como ia fazer isso, mas era sua única opção. Não podia deixar Percy morrer, não se ainda estivesse de pé.
— Não precisa — disse Bob — a qualquer momento...
— ROOOOOOAAARRR!
Annabeth se virou no instante em que o gigante saía de sua cabana.
Ele tinha mais de cinco metros, a altura típica de um gigante. A parte superior de seu corpo era humanoide; e as pernas, escamosas e reptilianas, como as de um dinossauro bípede. Não tinha arma. Em vez de armadura, vestia apenas uma túnica feita com peles de carneiro e retalhos de couro esverdeado. Sua pele era vermelho-cereja; a barba e o cabelo, ruivos, estavam entrelaçados com tufos de grama, folhas e flores do pântano.
Ele gritou em desafio, mas felizmente não estava olhando para Annabeth. Bob a tirou do caminho quando o gigante correu na direção do drakon.
Seguiu-se uma bizarra cena natalina de combate, o vermelho contra o verde. O drakon expeliu veneno. O gigante se esquivou com um salto, agarrou o carvalho e o arrancou do chão, com raízes e tudo. O crânio velho se desfez em pó quando o gigante ergueu a árvore como faria com um taco de beisebol.
A cauda do drakon se enroscou na cintura do gigante e o puxou para mais perto de suas presas. Mas assim que o gigante ficou a seu alcance, enfiou a árvore na garganta do monstro.
Annabeth esperava nunca mais ter que testemunhar uma cena tão horrível. A árvore perfurou a garganta do drakon e o empalou no chão. As raízes começaram a se mover e se arraigaram ao tocar o chão, fixando o carvalho de um modo tão firme que a árvore parecia estar naquele mesmo ponto havia séculos. O drakon se sacudia e estrebuchava sem parar, mas foi rapidamente imobilizado.
O gigante, então, socou com toda a força o pescoço do drakon. CRACK. O monstro parou imediatamente de se mover. Começou a se desfazer e deixou apenas restos de ossos, carne e escamas, e um novo crânio de drakon passou a envolver o carvalho.
Bob deu um grunhido.
— Boa!
O gatinho ronronou em aprovação e começou a limpar as patas.
O gigante chutou os restos do drakon e os examinou com atenção.
— Não tem ossos bons — reclamou — queria uma bengala nova. Humf. Mas tem pele boa para a latrina.
Arrancou parte das dobras de pele macia que havia em torno do pescoço do drakon e as enfiou no cinto.
— Hã... — Annabeth teve vontade de perguntar se a ideia do gigante era usar couro de drakon como papel higiênico, mas achou melhor não fazê-lo — Bob, você podia nos apresentar?
— Annabeth... — Bob deu um tapinha nas pernas de Percy. — Este é Percy.
Annabeth esperava que o titã só estivesse brincando com ela, apesar de a expressão de Bob não revelar nada.
Ela cerrou os dentes.
— Estou falando do gigante. Você prometeu que ele ia ajudar.
— Prometeu? — O gigante deixou de lado o crânio e voltou sua atenção para Bob. Seus olhos se apertaram sob as sobrancelhas densas e ruivas. — Uma promessa é algo importante. Por que Bob prometeria que eu ia ajudar?
Bob pareceu desconfortável. Titãs eram assustadores, mas era a primeira vez que Annabeth via um deles ao lado de um gigante. Em comparação ao matador de drakons, Bob parecia um filhotinho desamparado.
— Damásen é um gigante bom — disse Bob — ele é pacífico. E sabe curar venenos.
Annabeth observou o gigante Damásen, que agora estava arrancando pedaços de carne sangrenta da carcaça do drakon com as próprias mãos.
— Pacífico. É, estou vendo.
— Carne boa para o jantar — Damásen se aprumou e estudou Annabeth como se ela fosse outra fonte de proteína em potencial — entrem. Hoje vamos ter ensopado. Depois falamos dessa promessa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita. Que tal deixar um comentário?

Percyanaticos BR / baseado no Simple | por © Templates e Acessórios ©2013