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A Casa de Hades - CAP. XXX

.. sábado, 8 de março de 2014
Gente sairei agora, aproveitem o capítulo 30 que mais tarde posto os 20 restantes, boa leitura à todos :)

Capítulo XXX - Percy
— ESQUERDA! — PERCY PUXOU ANNABETH, golpeando as arai com a espada para abrir caminho. Provavelmente tinha recebido uma dezena de maldições, mas não as sentiu imediatamente, por isso não parou de correr.
Sentia apenas uma pontada de dor no peito que aumentava a cada passo. Desviava das árvores, conduzindo Annabeth a toda velocidade, apesar da cegueira da garota.
Percy percebeu quanto ela confiava nele para resolver o problema. Não podia decepcioná-la, mas como poderia salvá-la? E se ela ficasse permanentemente cega... Não. Ele se obrigou a ficar calmo. Mais tarde descobriria uma maneira de curá-la. Primeiro tinham que escapar.
Asas coriáceas cortavam o ar acima deles. Sibilos raivosos e o correr de pés com garras deixavam claro que os demônios os perseguiam.
Quando passaram por uma das árvores negras, partiu o tronco com a espada. Ele a ouviu cair, e, logo depois, o agradável barulho de dezenas de arai sendo esmagadas.
Se uma árvore cai na floresta e esmaga um demônio, será que a árvore é amaldiçoada?
Percy partiu outro tronco e outro em seguida. Isso atrasou seus perseguidores, mas não o suficiente.
De repente, a escuridão adiante ficou mais densa. Percy percebeu o que era bem a tempo. Agarrou Annabeth antes que os dois caíssem direto em um precipício.
— O que foi? — gritou ela. — O que aconteceu?
— Precipício — respondeu sem fôlego. — Precipício enorme.
— Então para onde vamos?
Percy não conseguia ver a altura do penhasco. Seria de dez ou mil metros. Não dava para saber o que havia no fundo. Podiam saltar e torcer pela melhor das hipóteses, mas duvidava que o “melhor” acontecesse no Tártaro.
Então havia duas opções: direita ou esquerda, acompanhando a borda do penhasco. Estava prestes a escolher aleatoriamente quando um demônio alado pairou sobre o vazio à sua frente batendo com suas asas de morcego, próximo mas fora do alcance de sua espada.
O passeio foi bom?, perguntou a voz coletiva, ecoando à sua volta.
Percy se virou. As arai estavam saindo da floresta e formando uma meia-lua em torno deles. Uma agarrou o braço de Annabeth, que gritou de raiva. Deu um golpe de judô no monstro e pulou no seu pescoço, pondo todo o peso do corpo em um golpe com o cotovelo que teria deixado qualquer lutador profissional orgulhoso.
O demônio se desintegrou, mas, quando Annabeth se levantou, parecia atônita e assustada, além de cega.
— Percy? — chamou com a voz trêmula pelo pânico.
— Estou aqui.
Tentou tocar em seu ombro, mas ela não estava no mesmo lugar. Tentou de novo e descobriu que ela estava alguns metros mais distante. Era como tentar agarrar algo dentro da água, quando a luz fazia a imagem mudar de lugar.
— Percy! — gritou a voz de Annabeth. — Por que você me abandonou?
— Não abandonei! — Ele encarou as arai, com os braços trêmulos de raiva. — O que fizeram com ela?
Não fizemos nada, disseram os demônios. Sua amada liberou uma maldição especial... um pensamento amargo para alguém que você abandonou. Você puniu uma alma inocente deixando-a só. Agora o desejo mais cheio de ódio dessa alma se realizou: Annabeth sente o desespero dela. Também morrerá sozinha e abandonada.
— Percy? — Annabeth estendeu os braços para tentar localizá-lo.
As arai recuaram e deixaram que ela andasse cegamente e aos tropeções através delas.
— Quem eu abandonei? — perguntou Percy. — Eu nunca...
De repente, sentiu como se seu estômago tivesse caído no precipício.
As palavras ecoaram em sua mente: Uma alma inocente. Solitária e abandonada. Lembrou de uma ilha, uma caverna iluminada pelo brilho suave de cristais, uma mesa de jantar na praia servida por criados invisíveis.
— Ela não... — balbuciou. — Ela jamais iria me amaldiçoar.
Os olhos dos demônios se misturaram como suas vozes. Percy sentiu as laterais do corpo latejarem. A dor no peito estava pior, como se alguém estivesse girando lentamente um punhal.
Annabeth caminhava em meio aos demônios, chamando desesperadamente por ele. Percy ansiava por correr até ela, mas sabia que as arai o impediriam. A única razão para não a terem matado ainda era porque estavam desfrutando de sua desgraça.
Percy cerrou os dentes. Não ligava para quantas maldições sofresse. Tinha que manter aquelas decrépitas bruxas coriáceas concentradas nele e proteger Annabeth enquanto conseguisse.
Furioso, gritou e atacou todas elas.

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