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O Filho de Netuno - CAP. XLVIII

.. sábado, 4 de janeiro de 2014

Capítulo XLVIII - Frank


PERCY ESTAVA ESPERANDO POR ELES. Ele parecia um maluco. Estava na beirada da geleira, apoiando-se no bastão da águia dourada, contemplando a destruição que causara: centenas de quilômetros recentemente descampados de água pontilhados com icebergs e destroços das ruínas do acampamento.
Sobraram sobre a geleira apenas os portões principais, que estavam ao lado, e uma bandeira azul esfarrapada deitada sobre tijolos de neve.
Quando correram até ele, Percy cumprimentou-os:
— Hey — como se eles estivessem se encontrando apenas para almoçar ou algo do tipo.
— Você está vivo! — Frank falou maravilhado.
Percy franziu a testa.
— A queda? Aquilo não foi nada. Eu caí duas vezes do Arco Gateway em St. Louis.
— Você fez o que? — perguntou Hazel.
— Esqueça. O importante é que eu não me afoguei.
— Então a profecia estava incompleta! — Hazel sorriu. — Provavelmente significava algo como: O filho de Netuno afogará um monte de fantasmas.
Percy deu de ombros. Ainda estava olhando para Frank como se estivesse irritado.
— Eu ainda tenho algo a perguntar a você, Zhang. Você pode se transformar em uma águia? E em um urso?
— E um elefante — Hazel acrescentou orgulhosamente.
— Um elefante — Percy balançou a cabeça em descrença. — É o dom de sua família? Você pode mudar de forma?
Frank arrastou os pés.
— Hum... sim. Poriclimeno, meu antepassado, o Argonauta – ele também podia fazer isso. Então foi passando essa habilidade para as próximas gerações.
— E ele tem esse dom que foi dado por Poseidon — disse Percy. — Isso é completamente injusto. Eu não posso me transformar em animais.
Frank o encarou.
— Injusto? Você pode respirar embaixo d’água, explodir geleiras e convocar furacões, e ainda acha injusto que eu possa me transformar em um elefante?
Percy considerou.
— Ok. Entendo o seu ponto. Mas da próxima vez que eu disser que você é um completoanimal...
— Cala a boca — disse Frank. — Por favor.
Percy esboçou um sorriso.
— Se vocês já terminaram — Hazel falou — precisamos ir agora. O Acampamento Júpiter ainda está sob ataque. E eles poderiam usar a águia de ouro.
Percy assentiu.
— No entanto, há uma coisa a pensar em primeiro lugar. Hazel, tem quase uma tonelada de armas e armaduras feitas de Ouro Imperial no fundo da baía agora, e uma biga realmente boa. E eu apostaria que isso poderia vir a calhar...
Eles levaram um longo tempo – muito longo – mas sabiam que aquelas armas poderiam fazer a diferença entre a vitória e a derrota se conseguissem levar aquilo de volta ao acampamento a tempo.
Então Hazel usou suas habilidades para trazer alguns objetos do fundo do mar. Percy nadou até o fundo e trouxe mais alguns. E mesmo Frank ajudou se transformando em uma foca, o que foi bem legal, embora Percy tenha dito que seu hálito cheirasse a peixe.
Os três se juntaram para levantar a biga, e finalmente conseguiram transportar tudo para terra firme, para uma praia de areias negras, próxima à base da geleira. Nem tudo cabia na biga, mas eles usaram a corda de Frank para amarrar a maior parte das armas de ouro e as melhores peças das armaduras.
— Parece o trenó do Papai Noel — Frank comentou — Arion pode puxar tudo isso?
Arion bufou.
— Hazel — Percy disse — sério, eu vou lavar a boca do seu cavalo com sabão. Ele disse que sim, pode levar, mas precisa de comida.
Ela pegou um velho punhal romano, um pugio. Estava torto e amorfo, por isso não seria muito bom em uma luta, mas parecia ser de Ouro Imperial sólido.
— Aqui está, Arion — ela disse. — Combustível de alta qualidade.
O cavalo pegou o punhal com os dentes e começou a mastigá-lo como se fosse uma maçã. Frank jurou silenciosamente que nunca colocaria sua mão próxima à boca do cavalo.
— Eu não estou duvidando da força de Arion — disse ele cautelosamente — mas a biga vai aguentar? Da última vez...
— Isto tem as rodas e o eixo de Ouro Imperial — Percy respondeu. — Deve suportar.
— Se não — disse Hazel — esta será uma viagem curta. Mas estamos sem tempo. Vamos!
Os garotos subiram na biga. Hazel subiu para as costas de Arion.
— Avante e rápido! — ela gritou.
A explosão sônica do cavalo ecoou através da baía. Eles aceleraram rumo ao sul, avalanches desmoronando das montanhas enquanto passavam. 

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