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O Herói Perdido - CAP. 18

.. domingo, 31 de março de 2013

Capítulo XVIII - Leo


PARECEU QUE ELE DORMIU SÓ POR SEGUNDOS, mas quando Piper o sacudiu, a luz do dia estava indo embora.
— Chegamos — ela disse.
Leo esfregou o sono para fora dos olhos. Abaixo deles, havia uma cidade à beira de um penhasco, onde se via um rio. As planícies em volta estavam cheias de neve, mas a cidade em si brilhava calorosamente no pôr do sol de inverno. Prédios se aglomeravam dentro dos altos muros como uma cidade medieval, mais velha que qualquer lugar que Leo vira antes. No centro havia um verdadeiro castelo — pelo Leo assumiu que era um castelo — com solidas paredes vermelhas de tijolos e uma torre quadrada com um telhado triangular verde e pontiagudo.
— Diga-me que é Quebec não a oficina do Papai Noel — Leo disse.
— Estamos em Quebec, mesmo — Piper confirmou. — Uma das cidades mais antigas da América do Norte. Fundada por volta de 1600, acho.
Leo levantou uma sobrancelha.
— Seu pai fez um filme sobre isso também?
Ela fez uma careta para ele, o que Leo estava acostumado, mas não funcionou muito bem com sua nova maquiagem glamorosa.
— Eu leio às vezes, ok? Só porque Afrodite me reclamou, não significa que eu tenho de ser uma cabeça-de-vento.
— Mau-humorada! — Leo disse. — Então, você que sabe tanto, o que é aquele castelo?
— Um hotel, eu acho.
Leo riu.
— Sem chance.
Mas assim que chegou mais perto, Leo viu que ela tinha razão. A grande entrada estava alvoroçada com porteiros, mordomos e carregadores tomando bagagens. Brilhantes e luxuosos carros pretos estavam na entrada. Pessoas em ternos elegantes e capas de inverno se apressavam para sair do frio.
— O Vento Norte está hospedado num hotel? — Leo disse. — Não pode ser...
— Cuidado, gente — Jason interrompeu. — Temos companhia!
Leo olhou para baixo e viu o que Jason queria dizer. Erguendo-se do topo da torre havia duas figuras aladas — anjos com expressões furiosas, carregando espadas enormes.

Festus não gostou dos anjos. Mergulhou no ar e parou subitamente no meio do voo, as asas batendo e as garras apontadas, e fez um rosnado na sua garganta que Leo reconheceu. Ele estava se preparando para soprar fogo.
— Calma, garoto — Leo murmurou. Algo lhe disse que os anjos não ficariam contentes por serem tostados.
— Eu não gosto disso — Jason disse. — Eles parecem espíritos da tempestade.
A principio Leo pensou que ele estava certo, mas assim que os anjos se aproximaram, ele pôde ver que eles eram muitos mais sólidos do que ventus. Eles pareciam adolescentes normais exceto pelos seus frios cabelos brancos e asas roxas emplumadas. Suas espadas de bronze estavam entalhadas, como pingentes. Seus rostos pareciam similares o bastante que eles poderiam ser irmãos, mas definitivamente não
eram gêmeos.
Um era do tamanho de um boi, com um casaco de hóquei de lã vermelho-claro, calças moletom folgadas e chuteiras de couro negro. O rapaz claramente estivera em várias lutas, porque ambos seus olhos estavam roxos, e quando ele mostrava seus dentes, vários deles estavam faltando.
O outro rapaz parecia que havia sido tirado de uma das capas de álbuns de rock dos anos 80 da mãe de Leo — Journey, talvez, ou Hall & Oates, ou algo ainda mais careta. Seus cabelos brancos como a neve terminavam em um mullet comprido. Ele usava sapatos de couro de bico fino, calças muito justas e uma camisa de seda horrorosa, com os três botões de cima abertos. Talvez ele pensasse que parecia um cupido sedutor, mas o cara não podia pesar mais que quarenta quilos, e ele tinha um péssimo problema com acne.
Os anjos se empurraram para frente do dragão e pairaram ali, espadas prontas.
O boi jogador de hóquei grunhiu.
— Proibido ultrapassar.
— O quê? — Leo disse.
— Vocês não aparecem no plano de voo — explicou o cupido sedutor. No topo dos seus outros problemas, ele tinha um sotaque francês tão vagabundo que Leo tinha certeza que era falso. — Esse é um espaço aéreo restrito.
— Destruí-los? — O boi mostrou seu sorriso banguela.
O dragão começou a soltar fumaça, pronto para defendê-los. Jason pegou sua espada dourada, mas Leo gritou:
— Espere! Vamos ter alguns modos aqui, garotos. Eu posso pelo menos descobrir quem tem a honra de me destruir?
— Eu sou Cal! — o boi grunhiu. Ele pareceu muito orgulhoso de si, como se tivesse gasto muito tempo para memorizar essa sentença.
— É a abreviação para Calais — o cupido disse. — Infelizmente, meu irmão não pode dizer palavras com mais de duas sílabas...
— Pizza! Hóquei! Morte! — Cal ofereceu.
— ... e isso inclui seu próprio nome — o cupido terminou.
— Eu sou Cal — Cal repetiu. — E esse é Zetes! Meu irmão!
— Uau — Leo disse. — Foram quase três frases, cara! Continue assim.
Cal grunhiu, obviamente satisfeito com si próprio.
— Palhaço estupido — seu irmão grunhiu. — Eles estão rindo da sua cara. Mas não importa. Eu sou Zetes, que é abreviação de Zetes. E a senhorita... — Ele piscou para Piper, mas a piscada parecia mais uma convulsão — pode me chamar de tudo que quiser. Talvez ela gostasse de jantar com um semideus famoso antes de termos que destruí-los.
Piper limpou a garganta, como se tivesse engasgado com uma bala.
— É... uma oferta realmente... horrível.
— Sem problemas — Zetes mexeu as sobrancelhas. — Somos um povo muito romântico, nos boréadas.
— Boréadas? — Jason se intrometeu. — Você quer dizer, tipo, os filhos de Bóreas?
— Ah, então você ouviu falar de nos! — Zetes pareceu contente. — Somos os guardiões do nosso pai. Assim, você entende, não podemos deixar pessoas desautorizadas voando no seu espaço aéreo em dragões rangedores, assustando os pobres mortais.
Ele apontou para baixo, e Leo viu que os mortais estavam começando a notar. Vários estavam apontando para cima — não em alarme, ainda — mais em confusão e incomodo, como se o dragão fosse um helicóptero no tráfego voando muito baixo.
— O que é triste, pois a menos que seja um pouso de emergência — Zetes disse, removendo o cabelo do seu rosto coberto de acne — teremos que matá-los de forma cruel.
— Morte! — Cal concordou, com um pouco mais de entusiasmo do que Leo achou necessário.
— Espere! — Piper disse. — Esse é um pouso de emergência.
— Ahhh! — Cal pareceu tao desapontado que Leo quase sentiu pena dele.
Zetes estudou Piper, o que naturalmente o que obviamente já esteve fazendo.
— Como a garota bonita decide que é uma emergência, então?
— Temos que ver Bóreas. É totalmente urgente! Por favor? — Ela forçou um sorriso, o que Leo pensou que devia estar lhe matando; mas ela ainda tinha aquela benção de Afrodite funcionando, e ela parecia incrível. Havia algo na sua voz, também, Leo se encontrou acreditando em cada palavra. Jason estava assentindo, parecendo absolutamente convencido.
Zetes pegou sua horrível camisa, provavelmente verificando se ainda estava aberta o suficiente.
— Bem... eu odeio desapontar uma senhorita amável, mas você entende, minha irmã, ela teria um ataque se permitíssemos que vocês...
— É que nosso dragão está falhando! — Piper acrescentou. — Pode quebrar a qualquer minuto!
Festus estremeceu solicitamente, então virou a cabeça e derramou óleo da orelha, sujando uma Mercedes preta no estacionamento abaixo.
— Sem morte? — Cal choramingou.
Zetes ponderou o problema. Então ele deu a Piper outra piscadela convulsiva.
— Bem, sabe, você é linda. Digo, você está certa. Um dragão falhando, essa pode ser uma emergência.
— Morte depois? — Cal ofereceu, o que provavelmente era o mais próximo de ‘ amigável’ que ele jamais chegou.
— Vou dar algumas explicações — Zetes decidiu. — Papai não tem sido gentil com visitantes ultimamente. Mas, sim. Venham, pessoas do dragão quebrado. Sigam-nos.
Os boréadas embainharam as espadas e puxaram armas menores dos seus cintos — ou pelo menos Leo pensou que eram armas. Então os boréadas as ligaram, e Leo percebeu que eram lanternas com cones laranja, como os que controladores de tráfego usam numa pista. Cal e Zetes viraram e mergulharam para a torre do hotel.
Leo virou para seus amigos.
— Eu amo esses caras. Vamos segui-los?
Jason e Piper não pareceram ansiosos.
— acho que sim — Jason decidiu. — Estamos aqui agora. Mas me pergunto por que Boreas não tem sido gentil com visitantes.
— Tsc, ele só não conheceu a gente ainda — Leo assobiou. — Festus, atrás daquelas lanternas!

À medida que se aproximavam, Leo ficou com medo de se chocarem contra a torre. Os boréadas sinalizaram a direita para o telhado e não diminuíram a velocidade. Então uma parte do telhado deslizou e abriu-se, revelando uma entrada grande o bastante para Festus. Na parte superior e na inferior da abertura haviam fileiras de cristais de gelo afiados, como uma boca cheia de dentes.
— Não deve ser nada bom — Jason murmurou, mas Leo encaminhou o dragão para dentro, e eles mergulharam atrás dos boréadas.
Pousaram no que deveria ser a suíte presidencial do hotel, mas o lugar parecia ter virado um freezer gigante. O hall de entrada tinha tetos arqueados de doze metros de altura, grandes janelas com cortinas e tapetes orientais luxuosos. Uma escadaria no fundo da sala levava a outro hall igualmente grande, e mais corredores se abriam à esquerda e à direita. Mas o gelo tornara a beleza do quarto um pouco assustadora. Quando Leo deslizou do dragão, o tapete se triturou sob seus pés. Uma camada fina de gelo cobria a mobília. As cortinas não se mexiam porque estavam congeladas, e as janelas cobertas de gelo deixavam entrar um úmido pôr do sol. Até do teto pendiam cristais de gelo. Quanto às escadas, Leo tinha certeza que escorregaria e quebraria o pescoço se tentasse subi-las.
— Gente — Leo disse — consertem o termostato aqui, e eu me mudo na mesma hora.
— Eu não — Jason olhava preocupadamente para a escada. — Algo parece errado. Algo ali em cima...
Festus estremeceu e soltou chamas. Gelo começou a se formar no seu corpo.
— Não, não e não — Zetes marchou, embora como ele pudesse andar naqueles sapatos de couro pontudos, Leo não tinha ideia. — O dragão deve ser desativado. Não permitimos fogo aqui. O calor arruína meu cabelo.
Festus rugiu e girou seus dentes de broca.
— Ta tudo ok, garoto — Leo virou para Zetes. — O dragão é sensível sobre o conceito todo de desativar. Mas eu tenho uma solução melhor.
— Morte? — Cal sugeriu.
— Não, cara. Você tem que parar com a conversa de morte. Espere um pouco.
— Leo — Piper disse nervosamente — o que você vai...
— Veja e aprenda, lindinha. Quando estava reparando Festus na noite passada, encontrei todos os tipos de botões. Alguns, é melhor não saber o que fazem. Mas outros... ah, aqui vamos nós.
Leo encaixou seus dedos atrás da pata dianteira esquerda do dragão. Ele puxou um interruptor, e o dragão estremeceu da cabeça aos pés. Todos recuaram enquanto Festus se dobrava como um origami. Sua carcaça de metal ficou compacta. Seu pescoço e cauda encolheram para dentro do corpo. Suas asas cairam e seu tronco se compactou até ele um retângulo de metal do tamanho de uma mala.
Leo tentou levantá-la, mas a coisa pesava seis bilhões de quilos.
— Hã... espere. Eu acho... aha.
Ele apertou outro botão. Uma alça surgiu no topo, e rodas apareceram embaixo.
— Ta-da! — ele anunciou. — A bagagem de mão mais pesada do mundo!
— É impossível — Jason disse. — Algo daquele tamanho não poderia...
— Chega! — Zetes ordenou. Ele e Cal puxaram as espadas e olharam para Leo.
Leo levantou as mãos.
— Ok... o que eu fiz? Fiquem calmos, gente. Se isso lhes perturba tanto, eu não tenho que levar o dragão arrastando...
— Quem é você? — Zetes pôs a ponta da sua espada no peito de Leo. — Uma criança do Vento Sul, nos espionando?
— O quê? Não! — Leo disse. — Filho de Hefesto. Ferreiro amigável, sem danos a ninguém!
Cal rosnou. Ele encostou seu rosto no de Leo, e ele definitivamente não era mais bonito olhando direto, com seus olhos feridos e boca desregulada.
— Odor de fogo — ele disse. — Fogo é ruim.
— Ah. — O coração de Leo bateu fortemente. — Sim, bem... minhas roupas estão um pouco chamuscadas, e eu estive trabalhando com óleo, e...
— Não! — Zetes colocou Leo de volta na ponta da espada. — Nós podemos farejar fogo, semideus. Nós assumimos que viesse do dragão rangedor, mas agora o dragão é uma mala. E eu ainda sinto cheiro... em você.
Se não fosse pelos três graus na suite, Leo teria começado a suar.
— Ei... olhem... Eu não sei... — Ele olhou para os seus amigos desesperadamente. — Gente, uma pequena ajuda?
Jason já estava com sua moeda de ouro na mão. Ele deu um passo a frente com os olhos em Zetes.
— Olhem, aqui deve haver algum erro. Leo não mexe com fogo. Conte para eles, Leo. Conte para eles que você não mexe com fogo.
— Hã...
— Zetes? — Piper tentou seu sorriso deslumbrante de novo, embora ela parecesse um pouco nervosa demais e fria para ceder. — Somos todos amigos aqui. Abaixe suas espadas e vamos conversar.
— A garota é bonita — Zetes admitiu — e naturalmente ela não pode resistir ao meu charme; mas infelizmente, não temos tempo para romance dessa vez. — Ele cutucou a ponta da espada mais fundo no peito de Leo, e Leo pode sentir o gelo se espalhando pela sua camisa, formigando a pele.
Ele desejou que pudesse reativar Festus. Ele precisava de alguma ajuda. Mas demoraria vários minutos, mesmo se ele pudesse alcançar o botão, com dois caras de asas roxas no caminho.
— Morte agora? — Cal perguntou ao irmão.
Zetes assentiu.
— Infelizmente, eu acho...
— Não — Jason insistiu. Ele soou calmo o suficiente, mas Leo calculou que ele estava a dois segundos de arremessar aquela moeda e colocá-la no modo gladiador completo. — Leo é apenas um filho de Hefesto. Ele não é uma ameaça. A Piper aqui é filha de Afrodite. Eu sou o filho de Zeus. Estamos numa pacífica...
A voz de Jason vacilou, pois os boréadas subitamente viraram para ele.
— O que você disse? — Zetes exigiu. — Você é filho de Zeus?
— Hã... sim — Jason disse. — É uma coisa boa, certo? Meu nome é Jason.
Cal pareceu tão surpreso que quase deixou sua espada cair.
— Não pode ser Jason — ele disse. — Não parece o mesmo.
Zetes deu um passo a frente e manteve os olhos semicerrados no rosto de Jason.
— Não, ele não é o nosso Jason. Nosso Jason era mais elegante. Não tanto quanto eu, mas elegante. Além disso, o nosso Jason morreu a milênios atrás.
— Espere — Jason disse. — Nosso Jason... você está dizendo, o Jason original? O cara do Velocino de Ouro?
— É claro — Zetes disse. — Fomos seus companheiros de tripulação a bordo do navio Argo nos tempos antigos, quando éramos semideuses mortais. Então aceitamos a imortalidade para servir nosso pai, assim eu poderia continuar assim, lindo para sempre, e meu irmão bobo poderia comer pizza e jogar hóquei quanto quisesse.
— Hóquei! — Cal concordou.
— Mas Jason... o nosso Jason... teve a morte de um mortal — Zetes disse. — Você não pode ser ele.
— Eu não sou — Jason concordou.
— Então, morte? — Cal perguntou. Claramente a conversando estava dando para seus dois neurônios um sério exercício.
— Não — Zetes disse pesarosamente. — Se ele é um filho de Zeus, pode ser quem esperamos.
— Esperando por ele? — Leo perguntou. — Você diz num bom sentido: você vai lhe encher de prêmios fabulosos? Ou esperando num mau sentido: ele esta encrencado?
A voz de uma garota disse:
— Depende da vontade do meu pai.
Leo ergueu os olhos para a escada. Seu coração quase parou. No topo, havia uma garota em pé com um vestido branco de seda. Sua pele era anormalmente pálida, da cor da neve, mas seus cabelos eram escuros, brilhantes, e seus olhos eram da cor do café. Ela olhou para Leo sem expressão, sem sorriso, sem simpatia. Mas não importava. Leo estava apaixonado. Ela era a garota mais deslumbrante que ele já vira.
Então ela olhou para Jason e Piper, e pareceu entender a situação imediatamente.
— Meu pai irá querer ver o que é chamado Jason — a garota disse.
— Então é ele? — Zetes perguntou, animado.
— Veremos — a garota disse. — Zetes, traga nossos visitantes.
Leo pegou a alça da mala do seu dragão de bronze. Ele não tinha certeza como iria arrastar pelos degraus, mas ele tinha que se aproximar daquela garota e lhe fazer algumas perguntas importantes — como qual era o e-mail dela e o número de telefone.
Antes que desse um passo, ela lhe congelou com um olhar. Não literalmente congelou, mas ela também podia ter feito isso.
— Você não, Leo Valdez — ela disse.
No fundo da sua mente, Leo se perguntou como ela sabia seu nome; mas na verdade ele só estava se concentrando em como se sentia apaixonado.
— Por que não? — Ele provavelmente soou como um garoto infantil e bobo, mas não pode pensar nisso.
— Você não pode ficar na presença do meu pai — a garota disse. — Fogo e gelo... não seria sábio.
— Estamos viajando juntos — Jason insistiu, colocando a mão no ombro de Leo — ou todos vão, ou ninguém vai.
A garota abaixou a cabeça, como se não estivesse acostumada a pessoas rejeitando suas ordens.
— Ele não será machucado, Jason Grace, a menos que você cause problemas. Calais, mantenha Leo Valdez aqui. O guarde, mas não o mate.
Cal fez beicinho.
— Nem um pouco?
— Não — a garota insistiu. — E cuide da mala interessante dele, até que nosso pai faça o julgamento.
Jason e Piper olharam para Leo, suas expressões fazendo-lhe uma pergunta silenciosa: Quer mesmo fazer isso?
Leo sentiu uma onda de gratidão. Eles estavam prontos a lutar por ele. Eles não o deixariam sozinho com o boi de hóquei. Parte dele queria ir, usar seu novo cinto de ferramentas e ver o que podia fazer, talvez até fazer uma bola de fogo ou duas e queimar aquele lugar. Mas os boréadas haviam lhe assustado. E aquela garota maravilhosa lhe assustou mais ainda, mesmo que ele ainda quisesse o seu número.
— Está tudo bem, gente — ele disse. — Não há sentido em causar problemas se não precisamos. Vocês vão.
— Ouçam o seu amigo — a garota pálida disse. — Leo Valdez estará perfeitamente seguro. Eu queria poder dizer o mesmo de você, filho de Zeus. Agora venham, Rei Bóreas está esperando.

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