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O Herói Perdido - CAP. 16

.. domingo, 31 de março de 2013

Capítulo XVI - Piper


— LEO? — ELA BERROU.
E, de fato, ali estava ele, sentado em cima de uma máquina mortífera gigante de bronze, sorrindo feito um lunático. Antes mesmo que ele pudesse aterrissar, o alarme do acampamento soou. Uma trombeta de concha soprou. Todos os sátiros começaram a gritar “Não me mate!” Metade do acampamento correu para fora numa mistura de pijama e armadura. O dragão desceu no meio do gramado e Leo gritou:
— Está tudo bem! Não atirem!
Hesitantemente, os arqueiros baixaram os arcos. Os guerreiros recuaram, mantendo as lanças e espadas prontas. Eles fizeram um grande anel frouxo ao redor do monstro de metal. Outros semideuses se esconderam atrás das portas dos seus chalés ou espiaram pela janela. Ninguém parecia ansioso de chegar perto.
Piper não podia culpá-los. O dragão era imenso. Ele resplandecia no sol da manhã como uma escultura de moedas de um centavo viva — tons diferentes de cobre e bronze — uma serpente de dezoito metros de comprimento com garras de aço e dentes de broca, com olhos de rubi brilhantes. Tinha asas do formato das de morcego que eram duas vezes a sua largura, estendidas como velas metálicas, fazendo um som de moedas caindo de um caça-níquel.
— É lindo — Piper murmurou. Os outros semideuses a olharam como se ela fosse louca.
O dragão ergueu a cabeça e atirou uma coluna de fogo no céu. Campistas se afastaram e suspenderam suas armas, mas Leo escorregou calmamente das costas do dragão. Ele ergueu as mãos como se rendesse, exceto que ainda tinha aquele sorriso louco no rosto.
— Terráqueos, eu venho em paz! — ele gritou.
Parecia que esteve rolando ao redor da fogueira. Seu casaco do exército e seu rosto estavam sujos de fuligem. Suas mãos estavam manchadas de graxa, e ele usava um novo cinto de ferramentas ao redor da cintura. Os olhos estavam arregalados. Seu cabelo cacheado estava tão oleoso que estavam em pé como espinho de um porco-espinho, e ele cheirava estranhamente a molho de pimenta. Mas ele parecia absolutamente deliciado.
— Festus só está dizendo olá!
— Essa coisa é perigosa! — uma garota de Ares gritou, brandindo sua lança. — Mate-a agora!
— Abaixe essa arma! — alguém ordenou.
Para a surpresa de Piper, era Jason. Ele abriu caminho pela multidão, flanqueado por Annabeth e aquela garota do chalé de Hefesto, Nyssa.
Jason olhou para o dragão e balançou a cabeça em admiração.
— Leo, o que você fez?
— Encontrei uma carona! — Leo sorriu. — Você disse que eu podia ir à missão se eu lhe conseguisse uma carona. Bem, eu lhe consegui um bad boy voador metálico classe A! Festus pode nos levar para qualquer lugar!
— Ele... tem asas — Nyssa gaguejou. Sua mandíbula parecia ter se soltado do rosto.
— Sim! — Leo disse. — Eu as encontrei e as recoloquei.
— Mas ele nunca teve asas. Onde você as encontrou?
Leo hesitou, e Piper podia dizer que ele estava escondendo algo.
— Hã... na floresta — ele disse. — Consertei a maioria os circuitos, também, então ele não vai mais ficar confuso.
— A maioria? — Nyssa perguntou.
A cabeça do dragão contraiu. Ele se inclinou para um lado e um liquido preto — talvez óleo, esperançosamente apenas óleo — vazou do seu ouvido, caindo sobre Leo.
— Só alguns ajustes para resolvermos — Leo disse.
— Mas como você sobreviveu...? — Nyssa ainda estava olhando para a criatura com pavor. — Digo, ele cospe fogo...
— Eu sou rápido — Leo disse. — E sortudo. Agora, estou na missão, ou o quê?
Jason coçou a cabeça.
— Você o chamou de Festus? Você sabe que em latim, ‘festus’ significa ‘feliz’? Você quer que partamos para salvar o mundo no Dragão Feliz?
O dragão se contraiu, tremeu e bateu as asas.
— Isso é um sim, cara! — Leo disse. — Agora, hã, eu realmente sugeriria que fossemos, gente. Eu já peguei alguns suprimentos na... hã, na floresta. E todas essas pessoas com armas estão deixando Festus nervoso.
Jason franziu a testa.
— Mas não temos nenhum plano ainda. Não podemos simplesmente...
— Vão — Annabeth disse. Ela era a única que não parecia nervosa absolutamente. Sua expressão estava triste e saudosa, como se isso a lembrasse dos velhos tempos. — Jason, vocês só tem três dias até o solstício agora, e vocês nunca deveriam manter um dragão nervoso esperando. Esse é certamente um bom presságio. Vão!
Jason assentiu. Depois sorriu para Piper.
— Está pronta, parceira? — Piper olhou para asas do dragão de bronze reluzindo no céu, e para aquelas garras que podiam rasgá-la em pedaços.
— Claro! — ela respondeu.

Voar no dragão era a experiência mais maravilhosa de todos os tempos, Piper pensou. Lá em cima, o ar era frio congelante; mas o metal do dragão gerava tanto calor que era como se estivessem voando numa bolha protetora. Fale sobre os aquecedores de assento! E as placas nas costas do dragão eram desenhadas como selas high-tech, então não eram completamente desconfortáveis. Leo lhes mostrou como encaixar os pés nas fendas do metal, como em estribos, e usar os arreios de segurança de couro engenhosamente escondidos sob as placas exteriores. Eles sentaram em fila única: Leo na frente, depois Piper, então Jason, e Piper estava bastante ciente de Jason logo atrás dela. Ela desejou que ele a agarrasse, talvez enrolasse seus braços ao redor da cintura dela; mas infelizmente, ele não fez isso.
Leo usava as rédeas para conduzir o dragão no céu como se tivesse feito isso a vida inteira. As asas de metal trabalhavam perfeitamente, e logo a costa de Long Island era só uma linha escura atrás deles. Eles se atiraram sobre Connecticut e subiram nas nuvens cinza de inverno.
Leo olhou para trás e sorriu para eles.
— Legal, hein?
— E se formos vistos? — Piper perguntou.
— A Névoa — Jason disse. — Ela impede os mortais de verem coisas mágicas. Se eles nos virem, provavelmente confundirão a gente com um avião pequeno ou outra coisa.
Piper olhou sobre o ombro.
— Tem certeza disso?
— Não — ele admitiu.
Então Piper que ele estava apertando uma foto na mão — uma foto de uma garota com cabelos escuros. Ela deu a Jason um olhar esquisito, mas ele corou e colocou a foto no bolso.
— Estamos tendo um tempo bom. Provavelmente cheguemos lá de noite.
Piper imaginou quem era a garota na foto, mas ela não queria perguntar; e se Jason não compartilhou a informação, aquilo não era um bom sinal. Ele se lembrara de algo sobre sua vida antes? Aquela era uma foto da sua namorada verdadeira?
Pare, ela pensou. Você só vai se torturar.
Ela fez uma pergunta mais segura.
— Para onde estamos indo?
— Encontrar o deus do Vento Norte — Jason disse. — E perseguir alguns espíritos da tempestade.

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