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O Herói Perdido - CAP. 14

.. domingo, 31 de março de 2013

Capítulo XIV - Jason


JASON ACORDOU COM O SOM DE UM TROVÃO. Então ele se lembrou de onde estava. Sempre estava trovejando no chalé 1.
Sobre sua cama, o teto abobadado estava decorado com um mosaico azul e branco como um céu nublado. Os azulejos da nuvem moviam-se pelo teto, mudando de branco para preto. Trovões ribombavam pelo quarto, e azulejos dourados brilhavam como relâmpagos.
Exceto pela cama dobrável que os outros campistas tinham lhe emprestado, o chalé não tinha móveis normais — sem cadeiras, mesas ou guarda-roupas. Até onde Jason podia ver, não tinha nem banheiro. As paredes eram esculpidas com nichos, cada um com um braseiro de bronze ou uma estátua dourada de águia num pedestal de mármore. No centro do quarto, havia uma estátua colorida de seis metros de altura de Zeus, em clássicas vestimentas gregas, de pé com um escudo ao seu lado e um relâmpago erguido, pronto para atingir alguém.
Jason estudou a estátua, procurando algo que tivesse em comum com o Senhor do Céu. Cabelo escuro? Não. Expressão zangada? Bem, talvez. Barba? Não, obrigado. Vestindo túnica e sandálias, Zeus parecia um hippie nervoso e cheio de músculos.
Sim, aquele era o chalé 1. Uma grande honra, os outros campistas lhe disseram. Claro, se você gostasse de dormir num templo frio sozinho com um Zeus hippie olhando carrancudo para você a noite toda.
Jason se levantou e esfregou o pescoço. Seu corpo inteiro estava dolorido por causa da noite maldormida e dos trovões ininterruptos. Aquele pequeno truque na noite passada não fora tão fácil quanto ele fizera parecer. Quase havia lhe feito desmaiar.
Perto da cama, novas roupas foram deixadas para ele: jeans, tênis e uma camisa laranja do Acampamento Meio-Sangue. Ele definitivamente precisava de uma troca de roupas, mas olhando para sua camisa roxa esfarrapada, ele estava relutante em trocar. Sentia-se errado de algum jeito vestindo a camisa do acampamento. Ele ainda não podia acreditar que era daqui, apesar de tudo que lhe contaram.
Pensou sobre o sonho, esperando que mais memórias voltassem para ele sobre Lupa, ou aquela casa em ruínas na floresta de sequoias. Sabia que já estivera ali antes. A loba era real. Mas sua cabeça doía quando tentava lembrar. As marcas em seu antebraço pareciam queimar.
Se ele pudesse encontrar aquelas ruínas, encontraria o seu passado. O que quer que estivesse crescendo dentro daquela torre de pedra, Jason tinha que detê-lo.
Ele olhou para o Zeus hippie.
— Sua ajuda seria bem-vinda.
A estátua não disse nada.
— Obrigado, papai — Jason murmurou.
Ele trocou de roupa e viu seu reflexo no escudo de Zeus. Seu rosto parecia molhado e estranho no metal, como se estivesse dissolvendo num tanque de ouro. Definitivamente ele não parecia tão bem quanto Piper esteve na noite anterior depois de ser subitamente transformada.
Jason ainda não sabia como se sentia sobre isso. Ele agiu como um idiota, anunciando na frente de todos que ela estava uma maravilha. Como se houvesse algo de errado com ela antes. Certo, ela ficou incrível depois de Afrodite transformá-la, mas ela também não parecia com a mesma pessoa, desconfortável com a atenção de todos.
Jason sentiu-se mal por ela. Talvez fosse loucura, considerando que ela havia acabado de ser reclamada por uma deusa e se transformado na garota mais deslumbrante do acampamento. Todos estavam começando a bajulá-la, lhe dizendo como era ela incrível e como era óbvio que ela deveria ir a missão — mas aquela atenção não tinha nada a ver com ela. Novo vestido, nova maquiagem, aura rosa brilhante, e bum: subitamente as pessoas gostavam dela. Jason parecia entender tudo aquilo.
Na última noite quando ele invocou o raio, a reação dos outros campistas foi parecida. Ele tinha bastante certeza que esteve lidando com aquilo por um longo tempo — pessoas olhando para ele com temor só porque era filho de Zeus, tratando-lhe como especial, mas isso não tinha nada a ver com ele. Ninguém se importava com ele, apenas com seu grande pai assustador atrás dele com seu raio-mestre, como se
dissesse, Respeitem esse garoto ou terão de engolir muita eletricidade!
Depois da fogueira, quando as pessoas começaram a voltar aos seus chalés, Jason havia ido até Piper e formalmente lhe pedido para vir com ele na missão. Ela ainda estava em estado de choque, mas assentiu, esfregando os braços, que deviam estar com frio naquele vestido sem mangas.
— Afrodite pegou meu casaco de snowboard — ela murmurou. — Fui roubada pela minha própria mãe.
Na primeira fila do anfiteatro, Jason encontrou um cobertor e o enrolou ao redor dela.
— Vamos lhe arranjar um casaco novo — ele prometeu.
Ela abriu um sorriso. Ele quis abraçá-la, mas conteve-se. Não queria que Piper pensasse que ele era tão superficial quanto todo o resto, tentando se aproximar dela só porque havia ficado toda bonita. Ele estava feliz que Piper ia a missão com ele. Jason tentou agir corajoso na fogueira, mas era só isso — um fingimento. A ideia de lutar contra uma força maligna poderosa o bastante para raptar Hera o assustava demais, especialmente porque ele não sabia do seu passado. Precisaria de ajuda, e achou certo ter Piper ao seu lado. Mas as coisas já eram complicadas antes de perceber o quanto ele gostava dela. Jason já deixara essa menina confusa demais.
Ele calçou seus novos sapatos, pronto para sair daquele chalé frio e vazio. Então localizou algo que não havia notado na noite anterior. Um braseiro foi movido de seu lugar, criando um novo nicho, com um saco de dormir, uma mochila e até algumas fotos coladas na parede.
Jason se aproximou. Quem quer que tenha dormido ali, foi a um longo tempo atrás. O saco de dormir estava mofado. A mochila estava coberta com uma película fina de pó. Algumas fotos uma vez coladas na parede haviam perdido a cola e caído no chão.
Uma foto mostrava Annabeth — muito mais nova, talvez com oito anos de iadade, mas Jason podia dizer que era ela: o mesmo cabelo loiro, olhos cinzentos, o mesmo olhar distraído como se estivesse pensando em milhões de coisas de uma vez. Ela estava perto de um menino com cabelos claros de catorze ou quinze anos, com um sorriso maldoso e uma armadura de couro gasta sobre uma camiseta. Ele estava apontando para o caminho atrás deles, como se dissesse ao fotógrafo, Vamos encontrar coisas nesse beco escuro e matá-las! Uma segunda foto mostrava Annabeth e o mesmo cara sentados na fogueira, rindo histericamente.
Finalmente Jason levantou uma foto que tinha caído. Era uma sequência de fotos do tipo que se tira em cabines automáticas: Annabeth e o mesmo menino de cabelos claros, mas com outra garota entre eles. Ela tinha aproximadamente quinze anos, com cabelos pretos repicados como o de Piper, uma jaqueta preta de couro, e jóias de prata. Parecia meio gótica, mas ela estava dando meio que uma risada, e estava claro que era melhor amiga dos dois.
— Essa é Thalia — alguém disse.
Jason virou.
Annabeth estava olhando sobre seu ombro. Sua expressão era triste, como se a foto lhe trouxesse de volta memorias difíceis.
— Ela é a outra filha de Zeus que viveu aqui, mas não por muito tempo. Desculpe, eu devia ter batido.
— Está tudo bem — Jason disse. — Não é como se eu pensasse nesse lugar como casa.
Annabeth estava vestida para viagem, com um casaco de inverno sobre suas roupas do acampamento, sua faca no cinto, e uma mochila nos ombros.
— Não diga que mudou de ideia sobre vir conosco?
Ela balançou a cabeça.
— Você já tem uma boa equipe. Estou saindo para procurar Percy.
Jason ficou um pouco desapontado. Ele apreciaria ter alguém na viagem que soubesse o que eles estavam fazendo, então não iria sentir como se estivesse levando Piper e Leo para a a morte.
— Ei, vocês vão ficar bem — Annabeth prometeu. — Algo me diz que essa não é a sua primeira missão.
Jason teve uma vaga suspeita de que ela estava certa, mas aquilo não o fazia sentir-se melhor. Todos pareciam achar que ele era tão corajoso e confiante, mas eles não viam como ele se sentia perdido. Como eles podiam confiar nele quando ele nem mesmo sabia quem era?
Ele olhou para as fotos de Annabeth sorrindo. Ele imaginou a quanto ela não sorria. Ela devia gostar mesmo de Percy para procurá-lo tanto, e aquilo dava uma pontada de inveja em Jason. Alguém estaria procurando por ele nesse exato momento? E se alguém se importasse com ele tanto que estivesse perdendo a cabeça de preocupação, e ele não podia nem lembrar da sua vida antiga?
— Você sabe quem eu sou — ele supos. — Não sabe?
Annabeth apertou o punho de sua faca. Ela procurou uma cadeira para sentar, mas naturalmente não havia nenhuma.
— Honestamente, Jason... eu não sei. Minha melhor suposição é que você seja um fugitivo. Acontece às vezes. Por um motivo ou outro, o acampamento nunca o encontrou, mas você sobreviveu mudando constantemente de lugar. Treinou sozinho para lutar. Encarou os monstros sozinho. Você passou pelos desafios.
— A primeira coisa que Quíron me disse foi — Jason lembrou — você devia estar morto.
— Pode ser por isso — Annabeth disse. — A maioria dos semideuses nunca conseguiriam por si próprios. E um filho de Zeus... digo, não há nada mais perigoso que isso. As chances de você chegar aos quinze anos sem encontrar o Acampamento Meio-Sangue ou morrer são mínimas. Mas como eu disse, acontece. Thalia fugiu quando era jovem. Ela sobreviveu sozinha por anos. Até cuidou de mim por um tempo. Então talvez você seja um fugitivo também.
Jason mostrou o braço.
— E essas marcas?
Annabeth olhou para as tatuagens. Claramente, elas a incomodavam.
— Bem, a águia é o simbolo do Zeus, então faz sentido. As doze linhas... talvez contem os anos, como se você marcasse sua idade desde que tinha três anos. SPQR... é o lema do Império Romano: Senatus Populusque Romanus, o Senado e o Povo de Roma. Agora, por que você iria queimar isso no seu próprio braco, eu não sei. A não ser que você tivesse um professor de latim realmente severo...
Jason tinha total certeza de que essa não era a razão. Também não parecia possível que ele estivesse sozinho durante toda a vida. Mas, sinceramente, alguma coisa fazia sentido ali? Annabeth foi bastante clara — o Acampamento Meio-Sangue era o único lugar seguro no mundo para semideuses.
— Eu, hã... tive um sonho estranho na noite passada — ele disse. Parecia uma coisa estúpida de se falar, mas Annabeth não parecia surpresa.
— Acontece toda hora aos semideuses — ela disse. — O que você viu?
Ele contou para ela sobre os lobos, a casa em ruínas e as duas espirais de rocha. Enquanto falava, Annabeth começou a andar, parecendo mais e mais agitada.
— Você não lembra onde fica essa casa? — ela perguntou.
Jason sacudiu a cabeça.
— Mas tenho certeza de que estive lá antes.
— Floresta de sequoias... — ela meditou. — Pode ser ao norte da Califórnia. E a loba... estudei sobre deuses, espíritos e monstros minha vida inteira. Mas nunca ouvi falar de Lupa.
— Ela disse que o inimigo era "ela". Eu pensei que talvez fosse Hera, mas...
— Eu não confiaria em Hera, mas não acho que ela seja a inimiga. E essa coisa se erguendo da terra... — A expressão da Annabeth escureceu. — Você tem que deter.
— Você sabe o que é, não sabe? — ele perguntou. — Ou pelo menos, você acha que sabe. Eu vi seu rosto ontem na fogueira. Você olhou para Quíron como se estivesse ficando claro para você, mas você não queria nos assustar.
Annabeth hesitou.
— Jason, a coisa sobre profecias... quanto mais sabemos, mais tentamos mudá-las, e isso pode ser desastroso. Quíron acredita que é melhor que vocês encontrem seu próprio caminho, descobrir as coisas no tempo certo. Se ele me contasse tudo o que sabia antes da minha primeira missão com Percy... eu tenho que
admitir, não tenho certeza se poderia seguir adiante. Para sua missão, isso é ainda mais importante.
— Parece ruim, hein?
— Não se você conseguir. Pelo menos... eu espero que não.
— Mas eu nem sei por onde começar. Onde eu devia ir?
— Siga os monstros — Annabeth sugeriu.
Jason pensou sobre isso. Os espíritos da tempestade que o atacaram no Grand Canyon disseram que ele foram chamados pelo mestre. Se Jason pudesse localizar os espíritos da tempestade, poderia conseguir encontrar a pessoa que os controlava. E talvez aquilo o levasse para a prisão da Hera.
— Ok — ele disse. — Como eu encontro o monstro da tempestade?
— Pessoalmente, eu perguntaria a um deus dos ventos — Annabeth disse. — Éolo é o mestre de todos os ventos, mas ele é um pouco... imprevisível. Ninguém o encontra a menos que ele queira ser encontrado. Eu tentaria um dos quatro deuses dos ventos sazonais que trabalham para Éolo. O mais próximo, o que mais lida com heróis, é Bóreas, o Vento Norte.
— Então se eu procurá-lo no Google Maps...
— Ah, ele não é difícil de encontrar — Annabeth prometeu. — Ele se instalou na América do Norte como todos os outros deuses. Então naturalmente estabeleceu-se no ponto ao norte mais antigo, o mais ao norte possível.
— Maine? — Jason supos.
— Mais ao norte.
Jason tentou visualizar um mapa. O que era mais longe ao norte que Maine? O lugar ao norte mais antigo...
— Canadá — ele decidiu. — Quebec.
Annabeth sorriu.
— Espero que você fale francês.
Jason sentiu uma fagulha de animação. Quebec — pelo menos agora ele tinha um objetivo. Encontrar o Vento Norte, rastrear os espíritos da tempestade, descobrir para quem eles trabalhavam e onde ficava aquela casa em ruínas. Libertar Hera. Tudo em quatro dias. Fácil.
— Obrigado, Annabeth. — Ele olhou para as fotos da cabine de fotos ainda na sua mão. — Então, hã... você disse que era perigoso ser um filho de Zeus. O que foi que aconteceu com Thalia?
— Ah, ela está bem — Annabeth disse. — Ela se tornou uma Caçadora de Ártemis, uma das ajudantes da deusa. Elas percorrem o país matando monstros. Não a vemos no acampamento frequentemente.
Jason olhou para a grande estátua de Zeus. Ele entendeu porque Thalia dormia nessa alcova. Era o único lugar no chalé fora da linha de visão do Zeus hippie. E não era só isso. Ela escolheu seguir Ártemis e fazer parte de seu grupo porque era melhor que ficar nesse templo frio, sozinha com seu pai de seis metros de altura — o pai de Jason — olhando ameaçadoramente para ela. Comer muita eletricidade! Jason não tinha problemas para entender os sentimentos de Thalia. Ele pensou se havia um grupo de Caçadores.
— Quem é a outra criança na foto? — ele perguntou. — O menino de cabelos claros.
A expressão da Annabeth apertou. Assunto delicado.
— Esse é Luke — ela disse. — Ele está morto agora.
Jason decidiu que era melhor não fazer mais perguntas, mas o jeito como Annabeth disse o nome de Luke o fez imaginar que talvez Percy Jackson não tivesse sido o único garoto por quem Annabeth já se apaixonara.
Ele se focou novamente no rosto da Thalia. Ele continuou pensando que essa foto dela era importante. Ele estava esquecendo-se de algo.
Jason sentiu uma estranha sensação de conexão a essa outra filha de Zeus. Talvez ela pudesse entender sua confusão, talvez até responder algumas perguntas. Mas outra voz dentro dele, um sussurro insistente, disse: Perigoso. Fique longe disso.
— Quantos anos ela tem agora? — ele perguntou.
— Difícil dizer. Ela foi árvore por um tempo. Agora ela é imortal.
— O quê?
Sua expressão deve ter sido bastante boa, porque Annabeth riu.
— Não se preocupe. Não é algo pelo que todas as crianças de Zeus passam. É uma longa história, mas... ela esteve fora de combate por um longo tempo. Se ela envelhecesse regularmente, ela estaria com seus vinte agora, mas ela ainda parece a mesma da foto, como se tivesse aproximadamente... bem, aproximadamente sua idade. Quinze, dezesseis?
Algo que a loba dissera no sonho chamou a atenção de Jason. Ele se encontrou perguntando:
— Qual era o seu sobrenome?
Annabeth pareceu perturbada.
— Ela não usava um sobrenome. Se ela tivesse, usaria o da mãe, mas elas não conviveram muito. Thalia fugiu quando era muito nova.
Jason esperou.
— Grace — Annabeth disse. — Thalia Grace.
Os dedos de Jason tremeram. A foto caiu no chão.
— Você está bem? — Annabeth perguntou.
Ele recuperou um pouco da memória — talvez um pequeno pedaço que Hera esqueceu-se de roubar. Ou talvez ela tenha deixado ali de propósito — apenas o bastante para ele lembrar aquele nome, e saber que escavar o passado era algo horrível, terrivelmente perigoso.
Você devia estar morto, Quíron havia dito. Não era um comentário sobre Jason bater as expectativas como um fugitivo. Quíron sabia algo especifico — algo sobre a família de Jason.
As palavras da loba no seu sonho finalmente fizeram sentido para ele, sua piada inteligente na despedida. Ele imaginou Lupa rosnando uma risada de lobo.
— O que é? — Annabeth pressionou.
Jason não podia manter isso para si. Isso o mataria, ele tinha que conseguir a ajuda da Annabeth. Se ela conhecia Thalia, talvez pudesse aconselhá-lo.
— Você tem que jurar não contar para ninguém — ele disse.
— Jason...
— Jure — ele insistiu. — Até eu descobrir o que está acontecendo, o que tudo isso significa... — Ele esfregou as tatuagens queimadas no seu antebraço. — Você tem que manter isso em segredo.
Annabeth hesitou, mas sua curiosidade ganhou.
— Está bem. Até você me dizer que está tudo bem, eu não vou compartilhar o que você me disser com ninguém. Juro pelo Rio Estige.
Um trovão ribombou, mais alto ainda que o normal para o chalé.
Você é nossa graça salvadora, a loba dissera, enigmática. Graça. Grace.
Jason ergueu a foto do chão.
— Meu sobrenome é Grace — ele disse. — Essa é minha irmã.
Annabeth ficou pálida. Jason pode vê-la lutando com uma explosão de preocupação, descrença, raiva. Ela pensava que ele estava mentindo. Sua afirmação era impossível. E parte dele sentiu o mesmo, mas assim que ele falou as palavras, ele soube que elas eram verdadeiras.
Então as portas do chalé se abriram. Meia dúzia de campistas entrou para dentro, liderados pelo cara careca de Íris, Butch.
— Depressa! — ele disse, e Jason não podia dizer se sua expressão era de animação ou medo. — O dragão voltou.

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