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A Marca de Atena - CAP. 38

.. sábado, 16 de fevereiro de 2013
XXXVIII - Leo


UM PROBLEMA RESOLVIDO: a escotilha acima deles fechou automaticamente, impedindo seus perseguidores. Ele também cortou toda a luz, mas Leo e Frank poderiam lidar com isso. Leo só esperava que eles não precisassem sair da pelo mesmo caminho que entraram, não tinha certeza se ele poderia abrir a telha por baixo.
Pelo menos os caras peixe-boi possuídos estavam do outro lado. Sobre a cabeça de Leo, o chão de mármore estremeceu como os pés dos turistas gordos estivessem chutando-o.
Frank devia ter voltado à forma humana. Leo podia ouvi-lo ofegar no escuro.
— E agora? — Frank perguntou.
— Ok, não se desespere — disse Leo. — Eu vou convocar um pouco de fogo, só assim podemos ver.
— Obrigado pelo aviso.
O dedo indicador de Leo brilhou como uma vela de aniversário. Na frente deles, estendia-se um túnel de pedra com um teto baixo. Assim como Hazel havia previsto, ele se inclinava para baixo, em seguida, estabilizou e foi para o sul.
— Bem — disse Leo. — Ele vai apenas em uma direção.
— Vamos encontrar Hazel — disse Frank.
Leo não tinha argumento contra a sugestão. Eles fizeram o seu caminho pelo corredor, Leo indo primeiro com o fogo. Ele estava feliz por ter Frank em suas costas, grande, forte e capaz de se transformar em animais assustadores no caso dos turistas possuídos de alguma forma romperem a escotilha, se espremerem para dentro e os seguirem. Ele se perguntou se os eidolons não poderiam deixar os corpos para trás, infiltrar-se no subsolo e possuírem um deles em seu lugar.
Oh, este é o meu pensamento feliz do dia! Leo repreendeu a si mesmo.
Depois de uma centena de metros ou mais, eles viraram a esquina e encontraram Hazel. À luz dourada da sua espada de cavalaria, ela estava examinando uma porta. Estava tão absorta, que não os notou até que Leo disse:
— Hey.
Hazel girou, tentando balançar sua spatha. Para sorte do rosto de Leo, a lâmina era muito longa para se empunhar no corredor.
— O que você está fazendo aqui? — Hazel exigiu.
Leo engoliu em seco.
— Desculpe. Corremos de alguns turistas irritados — ele disse a ela o que tinha acontecido.
Ela sibilou em frustração.
— Eu odeio eidolons. Pensei que Piper os tinha feito prometer ficar longe.
— Ah... — Frank disse, como se ele tivesse tido seu próprio pensamento feliz do dia. — Piper fez eles prometerem ficar fora do navio e não possuir qualquer um de nós. Mas se eles nos seguiram e usaram outros corpos para nos atacar, então não estão tecnicamente quebrando seu promessa...
— Ótimo — Leo murmurou. — Eidolons que também são advogados. Agora eu realmente quero matá-los.
— Tudo bem, esqueça-os por enquanto — disse Hazel. — Esta porta está me dando dor de cabeça. Leo, você pode tentar a sua habilidade com trancas?
Leo estalou os dedos.
— Afastem-se para o mestre, por favor.
A porta era interessante, muito mais complicado do que a fechadura de combinação de numeral romano acima. Toda a porta era revestida em Ouro Imperial. Uma esfera mecânica sobre o tamanho de uma bola de boliche foi incorporada ao centro. A esfera foi construída a partir de cinco anéis concêntricos, cada uma com a inscrição de símbolos do zodíaco – o touro, o escorpião, etc – e aparentemente letras e números aleatórios.
— Essas letras estão em grego — Leo disse surpreso.
— Bem, muitos romanos falavam grego — disse Hazel.
— Eu acho — disse Leo. — Mas esta mão de obra... Sem ofensa para vocês do Acampamento de Júpiter, mas é muito complicado para ser romano.
Frank bufou.
— Considerando que os gregos adoram fazer as coisas complicadas.
— Hey — Leo protestou. — Tudo o que estou dizendo é que esta máquina é delicada, sofisticada. Ela me lembra de... — Leo olhou para a esfera, tentando lembrar onde ele tinha lido ou ouvido falar sobre uma semelhante máquina antiga. — É um tipo mais avançado de fechadura — decidiu ele. — Você alinha os símbolos, os anéis diferentes na ordem certa e isso abre a porta.
— Mas qual é a ordem certa? — Hazel perguntou.
— Boa pergunta. Esferas gregas... Geometria, astronomia... — Leo teve um sentimento interior quente.
— Oh, não. Eu me pergunto... Qual é o valor de pi?
Frank fez uma careta.
— Como assim?
— Ele quer dizer o número — Hazel adivinhado. — Eu aprendi na aula de matemática uma vez, mas...
— É usado para medir círculos — disse Leo. — Esta esfera, se ela foi feita pelo cara que estou pensando...
Hazel e Frank olhou para ele fixamente.
— Não importa — disse Leo. — Tenho certeza que pi vale, uh, 3,1415 blá blá blá. O número prossegue infinitamente, mas a esfera tem apenas cinco anéis, de modo que deve ser o suficiente, se estou certo.
— E se você não estiver? — Frank perguntou.
— Bem, então, Leo cai, e feio. Vamos descobrir!
Ele virou os anéis, a começar do lado de fora e movendo-se dentro, ele ignorou os signos do zodíaco e letras, revestindo os números corretos para que fazer o valor de pi. Nada aconteceu.
— Eu sou estúpido — Leo murmurou. — Pi iria expandir para fora, porque é infinito.
Ele inverteu a ordem dos números, começando no centro e trabalhando em direção à borda. Quando alinhou o último anel, algo dentro da esfera clicou. A porta se abriu. Leo sorriu para seus amigos.
— Isso, gente boa, é como fazemos as coisas no mundo do Leo. Venham!
— Eu odeio o mundo do Leo — Frank murmurou.
Hazel riu.
Dentro havia bastante material legal para manter Leo ocupado por anos. O quarto era do tamanho da forja do Acampamento Meio-Sangue, com mesas de trabalho com tampas de bronze ao longo das paredes e cestos cheios de ferramentas e metais antigos. Dezenas de esferas de bronze e de ouro parecidas com bolas de basquete movidas a vapor estavam paradas em vários estágios de desmontagem. Havia engrenagens soltas e fiação suja no chão. Cabos metálicos grossos corriam de cada mesa para o fundo da sala, onde havia um sótão fechado, como uma cabine de som de teatro. Escadas levavam até a cabine em cada lado.
Todos os cabos pareciam correr para o sótão. Ao lado das escadas à esquerda, uma fileira de cubículos preenchida com cilindros de couro – provavelmente antigos estojos de pergaminhos.
Leo estava prestes a ir para as mesas, quando olhou para a esquerda e quase saltou fora de seus sapatos. Ladeando a porta dois manequins esqueléticos blindados parecidos com espantalhos feitos a partir de tubos de bronze, equipados com conjunto romano completo de armadura, escudo e espada.
— Cara — Leo caminhou até um. — Estes seriam incríveis se trabalhassem.
Frank ficou longe dos autômatos.
— Essas coisas vão ganhar vida e nos atacar, não é?
Leo riu.
— Sem chance. Eles não estão completos — ele bateu no pescoço do mais próximo, onde os fios de cobre soltos brotaram debaixo de sua peitoral. — Olha, a fiação da cabeça foi desconectada. E aqui, no cotovelo, o sistema de polias para este conjunto está desalinhado. Meu palpite? Os romanos estavam tentando duplicar um projeto grego, mas não tinham a habilidade necessária.
Hazel arqueou as sobrancelhas.
— Os romanos não eram bons o suficiente em coisas complicadas, eu suponho.
— Ou delicadas — acrescentou Frank. — Ou sofisticadas.
— Hey, eu só digo o que vejo — Leo balançava a cabeça do manequim, fazendo-a assentir como se concordasse com ele. — Ainda assim... Uma tentativa bastante impressionante. Já ouvi lendas que os Romanos confiscaram as escrituras de Arquimedes, mas...
— Arquimedes? — Hazel olhou perplexo. — Não foi ele um matemático antigo ou algo assim?
Leo riu.
— Ele era muito mais do que isso. Foi apenas o filho de Hefesto mais famoso que já viveu.
Frank coçou a orelha.
— Eu ouvi o seu nome antes, mas como você pode ter certeza que esta manequim é o seu projeto?
— Tem que ser! — Leo disse. — Olha, eu li tudo sobre Arquimedes. Ele é um herói para o Chalé 9. O cara era Grego, certo? Ele morava em uma das colônias gregas no sul da Itália, antes de Roma crescer e tomá-la. Finalmente os Romanos invadiram e destruíram sua cidade. O general romano queria poupar Arquimedes, porque ele era tão valioso... tipo como o Einstein do mundo antigo... mas algum soldado algum estúpido romano o matou.
— Lá vai você de novo — Hazel murmurou. — Estúpido e romano nem sempre andam juntos, Leo.
Frank resmungou acordo.
— Como você sabe de tudo isso, afinal? — ele exigiu. — Existe uma guia espanhol por aqui?
— Não, cara — Leo disse. — Você não pode ser um semideus que é do ramo de construção e não saber sobre Arquimedes. O cara era seriamente da elite. Ele calculou o valor de pi. Fez todas essas coisas de matemática que nós ainda usamos para a engenharia. Ele inventou um parafuso hidráulico que poderia mover a água através de tubos.
Hazel fez uma careta.
— Um parafuso hidráulico. Desculpe-me por não saber sobre essas incríveis realizações.
— Ele também construiu um raio da morte feito de espelhos que poderiam queimar navios inimigos — disse Leo. — Isso é impressionante o suficiente para você?
— Eu vi algo sobre isso na TV — Frank admitiu. — Provaram que não funcionou.
— Ah, isso é só porque os mortais modernos não sabem como usar Bronze Celestial — disse Leo. — Essa é a chave. Arquimedes também inventou uma garra enorme que poderia balançar em um guindaste e arrancar navios inimigos para fora da água.
— Ok, isso é legal — Frank admitiu. — Eu amo jogos de braços mecânicos com garras.
— Bem, aí está — disse Leo. — De qualquer forma, todas as suas invenções não foram suficientes. Os romanos destruíram sua cidade. Arquimedes foi morto. Segundo a lenda, o general romano era um grande fã de seu trabalho, então ele invadiu a oficina de Arquimedes e levou um monte de suvenires de volta para Roma. Eles desapareceram da história, exceto... — Leo acenou com as mãos no material nas tabelas. — Aqui estão eles.
— Bolas basquete de metal? — Hazel perguntou.
Leo não podia acreditar que eles não apreciavam o que eles estavam olhando, mas ele tentou conter sua irritação.
— Gente, Arquimedes construiu esferas. Os romanos não podiam entendê-las. Pensaram que elas eram apenas para mostrar o tempo ou constelações, porque eram cobertas com imagens de estrelas e planetas. Mas isso é como encontrar um rifle e pensar que é uma bengala.
— Leo, os Romanos eram excelentes engenheiros — Hazel lembrou. — Eles construíram aquedutos, estradas.
— As armas de cerco — acrescentou Frank. — Saneamento público.
— Sim, tudo bem — disse Leo. — Mas Arquimedes estava em uma classe única. Suas esferas poderiam fazer todos os tipos de coisas, apenas ninguém tem certeza...
De repente, Leo teve uma ideia tão incrível que o nariz explodiu em chamas. Ele apalpou-o mais rapidamente possível. Cara, foi embaraçoso quando isso aconteceu.
Ele correu para a linha de cubículos e examinou as marcas o estojo de pergaminho.
— Oh, deuses. É isso!
Ele cuidadosamente retirou um dos pergaminhos. Ele não era bom em Grego Antigo, mas poderia dizer que a inscrição sobre o pergaminho dizia Construção de Esferas.
— Gente, este é o livro perdido! — suas mãos estavam tremendo. — Arquimedes escreveu isso, descrevendo seus métodos de construção, mas todas as cópias foram perdidas nos tempos antigos. Se eu pudesse traduzir isso...
As possibilidades eram infinitas. Para Leo, a busca já tinha tomado totalmente uma novo dimensão. Leo tinha que retirar as esferas e rolos de daqui em segurança. Tinha que proteger este material até que pudesse levá-lo para o Bunker 9 e estudá-lo.
— Os segredos de Arquimedes — ele murmurou. — Gente, isso é melhor do que laptop de Dédalo. Se houver um ataque romano no Acampamento Meio-Sangue, esses segredos poderiam salvar o acampamento. Eles podem até nos dar uma vantagem sobre Gaia e os gigantes!
Hazel e Frank entreolharam com ceticismo.
— Tudo bem — disse Hazel. — Nós não viemos aqui para um rolo, mas acho que nós podemos levá-lo conosco.
— Assumindo — acrescentou Frank — que você não se incomode em dividir seus segredos com os estúpidos e descomplicados Romanos.
Naturalmente, foi quando tudo deu errado.
Na mesa ao lado de Hazel e Frank, um dos orbes clicou e zumbiu. Uma fila de pernas se estendeu rodopiando de seu centro. O orbe parou e dois cabos de bronze dispararam para fora de seu topo, batendo em Hazel e Frank como fios de um taser. Os amigos de Leo caíram no chão.
Leo pulou para ajudá-los, mas os dois manequins blindados que não podiam se mover, se moveram. Eles sacaram suas espadas e andaram em direção a Leo. O da esquerda virou seu capacete torto, que tinha a forma de uma cabeça de um lobo.
Apesar do fato de que ele não tinha rosto ou na boca, uma voz familiar e oca falou por trás da viseira.
— Você não pode escapar, Leo Valdez — disse. — Nós não gostamos de possuir máquinas, mas elas são melhores do que os turistas. Você não vai sair daqui vivo.

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